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Cuida, os processos acontecendo...

  • gadelhafarias
  • 18 de ago. de 2016
  • 4 min de leitura

Nessa semana, houve vários acontecimentos. Desde o conhecimento da equipe que vai tá junto nesse trabalho (alunos do curso e galera da rua), como visualização da proposta e um acontecimento bacana que o processo do trabalho desdobra, para além da obra.


Carol e Alexandre pediu que fizéssemos o cronograma de trabalho. O que tudo indica é que estrearemos em setembro no CCBNB. Conforme combinado, a termos de concepção do trabalho, a partir das considerações do ultimo encontro nosso em sala, penso:


Acredito estar falando de dois recortes do universo da rua, mesmo sabendo que ela é polissêmica e diversa. E que o arremate da instalação é a aproximação. Aproximação e o encontro como dispositivo de conhecimento e desdobramento de um posicionamento político.


1.A rua enquanto um espaço de possibilidades. Onde estar em situação de rua carrega diversas questões. Percebamos que a pessoa que estar em situação de rua não seja recortada simplesmente por um viés. Eis o motivo pelo qual busco, no que estou chamando de anti-sala, ter vários pontos de vista sobre o entendimento do que é estar em situação de rua. Como se entende estar em situação de rua. Lá fora, antes de entrar num processo de imersão total na instalação, perceber através dos áudios os modos de ser, de se relacionar e perceber a pop. rua.


2.Pop. Rua. Crack e possibilidades. Quero sim colocar o crack como ponto importante na instalação não por restringir necessariamente a população de rua ao uso de crack em si, mais também como possibilidade de afirmar que isso existe sim e, também levantar um questionamento de porque não usar? Não é restringir ao uso em si, mais perceber e ressignificar o uso e a forma com que a população em situação de rua usa. Sabemos por que elas usam? São vários os motivos, desde como possibilidade de se manter forte na rua, enganar a fome, como por questões emocionais também. E se vou pelo caminho da população de rua para falar disso é porque é de fato pessoas mais próximas que convivo e que fazem esses usos, como serem elas que praticamente são pessoas que desestruturam a forma quadrada de percebermos a cidade, o crack, as drogas, a sociedade. Pop. Rua dar a ver nossas querelas. Pelo contrário do que acham, elas são visíveis.


Em resumo, acho ser estar falando de um recorte da rua e das possibilidades a partir do uso. Não é atrelar um ao outro, mas saber que isso existe, mais que ao mesmo tempo, o que se desdobra a partir dessa relação são inúmeras coisas, possibilidades, tipos. O uso por inúmeras possibilidades. O uso como algo sistêmico, nunca é só por um motivo. E se uso, acendo na sala, é pra perceber que o que pode ser produzido é plural e singular.


Existe um conceito chamado “Redução de Danos” que é de onde eu parto para o entendimento sobre os usos e desusos de substancias psicoativas. Não é proibir o uso, mais construir com a pessoa que usa outras possibilidades para um uso mais consciente e menos danoso a sua saúde. Se pode usar crack e ter uma vida “normal”, agora o estigma usado em cima do crack faz com que as pessoas tenham um posicionamento outro sobre a substancia. E que na real, se luto contra o crack, não é por acabar em si e por ter pena das pessoas, mais que é para ser justificativa para continuar o massacre as populações em vulnerabilidade, principalmente pobre e negro/a. A guerra as drogas, na real é guerra aos pobres. O financiamento parte da classe alta! Quem financia tudo é o rico, branco. Enfim, poderia falar horas sobre isso, mais a Redução de Danos é por onde estamos tentar desconstruir algumas questões sociais que são justificativas para a continuação das maquinarias de guerra.


Acredito que tenho que alinhar melhor essa segunda parte. Me ajudem a pensar melhor sobre. O lance de tudo isso é junto e nunca para. Quero dar um soquinho na barriga com esse trabalho!


Sobre a equipe que vai tá junto nessa, Danilo Crispim, Israel Diogo e Ronaldo Aragão vão dar aquela força. Salve! E se tratando da galera em situação de rua, falei com Marcelo, Alessandra, Paixão, Asueleide, Beto Blues, Jorge, Carlos e outros/as. Tá dando bom! Resta agora saber como vai se dar especificamente nosso trabalho em conjunto. Pensei que a direção de arte mesmo será da galera. Como no espaço vai ter lixos, papelões e outras coisas, a galera mesmo irá desenhar a arte do espaço.


No trabalho até agora, contei com participação do Movimento da População em Situação de Rua (Fortaleza), Coletivo Plantando Informação (Oswaldo), Equipe de Abordagem de Rua (Carla), Consultório na Rua (Eric) e Corre pra Vida (Junior). Essa galera toda está ligada diretamente ao processo do trabalho, estão cientes e estão contribuindo com a parada toda.


Outro momento importante foi o primeiro desenho da nossa maquete. Risos. Foi desenhado no chão mesmo. Além disso, começamos a testar sensores e esquemas para irmos seguindo no trabalho. O que tudo indica, semana que vem experimentaremos mais...


O post tá grande né? Risos


Como uma terceira parte deste escrito, vou reservar um post especifico para ele e que traz o que o processo do trabalho desdobra, para além da obra final.


 
 
 

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