Fisicalidade em si da proposta, heim!
- gadelhafarias
- 12 de ago. de 2016
- 2 min de leitura
Conforme o curso ia se dando, agora era chegada a hora de materializar as ideias do trabalho. Construir imagens, espaços, ambiência, situações. O trabalho, que ainda não tem nome (risos), acredito ter basicamente duas linhas de ação. Sendo que somente a primeira tenha dois contornos.
Na primeira linha, é a fisicalidade de uma instalação imersiva e percurso sonoro. Ou seja, é a reprodução de trechos do vídeo-dança e outros vídeos conforme a luz de um isqueiro seja acesa; e a outra é a liberação de algumas narrativas, pedaços de falas conforme o público entre no determinado espaço.
Visualizo uma sala com diversos elementos dispostos nesse espaço. Latas, andaimes, cadeiras quebradas... Um lugar meio que inabitável, mais que ao mesmo tempo, com um passar de tempo, aquele lugar traga certa calmaria (isso é notório quando vamos à caixa d’água. Conforme a pessoa entre no espaço, o áudio da narrativa é liberado. É colocar a pessoa numa situação em que a companhia são as coisas do lugar e a narrativa. Nesse local em questão, a pessoa encontrará um isqueiro. Assim que ela acender o isqueiro, o aúdio da narrativa para e serão projetados os trechos do vídeo-dança e outros vídeos. Essa pessoa meio que irá tatear o espaço para encontrar aonde ela terá a maior resolução do vídeo.
Pensei em ser somente uma pessoa, por ser um momento bem intimista. Sabe aquela sensação de cochicho no pé do ouvido. Aquele chamado dizendo: bora ter um conversa?! É minimante fazer a pessoa sentir essa sensação de solidão e que a companhia dela são as coisas e uma voz. Aproximar para conhecer, saber, afetar-se.
Na segunda linha é ter algumas televisões fora do espaço imersivo em si. É através das TV’s, narrativas dar a ouvir e ver nelas narrativas, depoimentos sobre o que é esta em situação de rua; dificuldades que o pessoal encontra; falas de profissionais da área da saúde sobre o crack, ou até mesmo a galera falando. Isso tudo servirá como forma de ambientação, uma chegada, para as pessoas irem sentindo a instalação e se familiarizando sobre.
Fazendo uma alusão as ruas, parece que esse trabalho em si, são duas grandes avenidas, linhas de ação, aonde na primeira avenida tem dois becos: um que eu escuto, sei e outro que eu vejo e sinto. Já na outra grande avenida, o canal é só um e direto. É um papo reto no pé do ouvido!
Eita que tá acontecendo, bora caminhando....
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