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E essa gente de lá?!


Eis que foram várias disparos de provocações, deslocamentos e desdobramentos do Afrontamento em outubro. Novembro se adentra e hoje, Afrontamento é sim, para nós, nossas plataforma experimentativa das linguagens artísticas, sobretudo em um pensamento negro em arte contemporânea. Sim, assumimos isso, pois o fazer em Afrontamento tem sido muito desafiador e não se restringiu somente ao campo da dança. A dança é apenas um dos disparos desse corpo arma. E é sendo um dos disparos, que chegamos a um exercício cênico que se chama Gente de lá.

Influenciado bastante por a música Gente de lá (F.UR.T.O) e tomando de assalto o viver nas periferias da cidade de Fortaleza/Ce, a feijoada preta Afrontamento faz nascer um solo cênico em dança. Um dança que vai desde a performance até uma instalação visual. Instalação-Cênica.

Não por uma representação dos conflitos territoriais vivenciado no meio urbano, mais por apresentar que, o que tange agora nossa urgência, não cabe somente na dança em si. Extrapolamento das linguagens como desconstrução colonial do preto nas artes. Assumimos uma efemeridade criativa em artes capaz de assumir a arte do agora: o aniquilamento e extermínio do povo negro nas periferias!

Eis que nos caminhos apontados, não pela palheta de cores que se apresenta, mais pela presença encarnada de quem dos caminhos cuida, salve Laroiê! Seguimos pelos caminhos tortos, rastejando, rolando e tentando interligar resistências, de forma a pensar os territórios, violências e os circuitos subjetivos de segregação étnico-racial-espacial na cidade. E essa gente de lá é exercício para um disparo. Seguimos!

Foto: Priscilla Sousa


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